Tudo acontece como se fosse um caminho, um legado
Como a flecha cravada no tronco da árvore
Um senão, um porquê, um nada
Eis da vida a sina escura ou clara
Secretamente o traçado entre a sombra e a alma.
Como a planta que cresce, viceja, floresce e finda
Tombada no solo da terra seca ou molhada
A chama da vida e os desígnios, não há outro modo
Escolhas, imaginamos fazer… qual o quê!
Assim é a sina, minha , sua, de todos
Malgrado os erros, os acertos, os pendores
A mão que guia a vida não é outra sequer
A que nos fez, neste palco, atores de cenas obscuras
O menino, o velho, o homem ou a mulher.
gracia cantanhede
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Sou tão comum, tão frágil, que me escondo em excessos para não passar em branco.
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GRIPE
Dor de cabeça, febre, arrepios
Cruzes! Que horror, menina!
Gripe danada, sai do meu corpo!
Tomo remédio, mel com limão,
Resfenol, melhoral, aspirina…
Sopa quente, vaporub, rinosoro
Ai, meu Deus, me socorra!
Que triste e chato ficar de cama
Com tanta coisa para fazer
nem ler posso, ou escrever
-Faça repouso, diz o doutor!
Ah essa gripe, me desanima…
Me faz pensar como sou fraca
Basta um resfriado para acabar comigo
porque esta vida não vale nada.
Enquanto isso, há festa lá fora…
E eu aqui, triste e acamada.