Mães deveriam usar sempre saias rodadas.
Aquelas de panos fartos, como sombrinhas nesgadas.
A carinha do filho escondida na roda da saia é quadro
permanente que guardo e sempre me vem à memória:
o filho querendo colo, puxando a ponta da barra,
escondendo-se da gente invasora, insensata,
fingindo não ver e vendo a mãe esmerar-se em cuidados,
com a bandeja de doces, em toalha bordada.
E o pequeno exigindo atenção, grudado na perna,
fazendo pirraça, embaixo da saia,
pedindo regaço.
gracia cantanhede